Filosofia da Ciência, Processo criativo e as Ondas de Resolução de Problemas

O retrato é, a história da ciência nos últimos séculos nos permitem retirar muitas considerações úteis sobre como a construção e a desconstrução do conhecimento se consolida até hoje, e como a busca por conhecimento novo pode ser igualmente retratada na busca pela solução de problemas.

Se na academia científica percebemos a capacidade humana de criar conhecimento, é na indústria capitalista que percebemos capacidade humana em aplicar conhecimento , uma vez que todo problema não passa de uma possibilidade para se explorar um mercado novo. Nas palavras de Steve Blank, guru e empreendedor em série do Vale do Silício, as pessoas contratam produtos ou serviços em função de tarefas que elas têm a realizar para resolver um problema.

Historicamente, muitas vertentes tentaram traças regras gerais que dirigissem o modo como o conhecimento era gerado, ou seja, como seria feita ciência no mundo.

Ainda antes do século primeiro, Aristóteles fazia constatações sobre a natureza. Como um médico em uma época três séculos antes de Cristo, ele sabia da importância da observação para encontrar a melhor resposta para um problema. Assim, a partir de observações sobre fenômeno naturais, nascia o método indutivo-dedutivo, que futuramente seria lapidado no positivismo lógico.

Mas o indutivismo ingênuo, que baseia seus resultados apenas na observação, é perigoso. Esse problema é ilustrado por Bertrand Russel no problema do peru indutivista. Imagine um peru que recebe sua ração todos os dias do ano, exatamente às nove da manhã. No início o peru é cauteloso, mas depois de algum tempo, sendo alimentado todos os dias da, inclusive sábados domingos e feriados, faça sol ou faça chuva, ele finalmente conclui pelo pensamento indutivista: "todos os dias, às nove da manhã, eu receberei meu alimento". Infelizmente, para o peru indutivista, no dia de Natal a regra não se revela verdadeira. Ele não recebe seu alimento de manhã, e de tarde é abatido para a ceia. Mesmo que durante um longo tempo as observações apontem para uma regra geral, basta apenas um fenômeno inesperado para quebrar todas as hipóteses formuladas.

Muitas vertentes vieram posteriormente sobre como o conhecimento seria construído e nas bases que estruturariam a gênese do método científico. Karl Popper


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"Nós começamos confusos, e terminamos confusos num nível mais elevado."