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domingo, 24 de junho de 2012

Insights sobre o Mito da Caverna de Platão

Pensando sobre a atemporalidade da validade da exemplificação do mito sobre a natureza humana relativa à instrução e à ignorância.

Na ótica biológica-evolutiva: a consciência é um aparato capaz de gerar um modelo conjunto dos estímulos naturais perceptíveis. Sendo assim, de fato, a própria realidade percebida é um modelo gerado. Encarando sob a ótica da Teoria do Gene Egoísta, seria de se decepcionar um filósofo antigo, ou um contemporâneo qualquer, dizer que a verdade buscada nunca deixará de ser um modelo da realidade observável? Que talvez uma verdade exista apenas nesse tempo instântaneo, sem futuro, sem passado, sendo possível até que o próprio presente seja demasiadamente longo?

Verdades absolutas são tão improváveis quanto a possibilidade do pensamento existir por si só, como um agente externo que observa o todo e compreende. Pensando de maneira análoga ao Príncipio da Incerteza de Heinsenberg, um indivíduo como membro do todo, no próprio ato da formulação e compreensão dos diversos cenários e eventos que se reunem na chamada verdade, é uma modificação tal que o próprio nascimento de uma teoria modifica de tal forma o conjunto, que a teoria nascente já nasce morta.

Apesar de inicialmente tal conclusão parecer negativista, o ponto em questão é a instantaneidade das constatações absolutas, é mais uma vez acreditar que só sabemos que nada sabemos; mas ao mesmo tempo, sabemos muita coisa. É preciso dar valor ao relativismo e ao pensamento inacabado, pois de maneira absoluta, pode ser tudo o que temos.

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