Refletindo sobre a ubiquidade da futilidade... Quase imediatamente me veio a indagação: é possível dizer que algo tão presente na condição humana seja realmente portadora apenas de atributos negativos?
Como tenho formação básica na área de ciências da vida, naturalmente tenho o hábito de fazer esse tipo de questionamento, afinal, se a vida (em um nível biológico-evolutivo) ensina algo, é que todo comportamento que prevalece ao longo do tempo necessariamente deve possuir uma "base estruturante" que representa o fator (ou fatores) positivos que "sustentam" e trazem estabilidade ao comportamento - mesmo que esse fator seja aparentemente inexistente, ele deve existir, ou o comportamento está fadado à extinção.
Apesar de ter feito apenas uma busca superficial sobre o que a comunidade científica tem sugerido sobre o tema, o resultado não foi muito surpreendedor. De fato, a maior parte da população é muito susceptível ao stress e ao excesso de informação.
A futilidade surge então como uma ferramente de fuga. E o fenômeno observado no Facebook não é novidade. Já em 1959 ("Golden Age" da Televisão mundial) pesquisadores já discutiam o papel da televisão como uma dessas ferramentas.
"People's reactions to the strains and stresses induced by their environments take many forms. Watching television, or at least watching certain types of television programs, appears to be the latest mode of response to stress."
PEARLIN, 1959
Hoje podemos visualizar um fenômeno análogo no Facebook. As coisas só existem por um motivo de equilíbrio, por mais que o equilíbrio ainda se apresente em um modelo arcaico e com necessidade de aprimoramento. Entretanto, sempre há esperança (;
"While Facebook members may manifest shadow elements such as the avoidance of embodied relationship, dishonesty, bullying, addictiveness, and mass-mindedness, tribes of reflective adults formed on Facebook are also developing a spirit of conscious global community, oriented toward creative social, political, and ecological change."
HEATH, 2012
http://www.jstor.org/discover/10.1525/jung.2012.6.2.110?uid=4&sid=21101332485551
http://www.jstor.org/discover/10.1525/jung.2012.6.2.110?uid=4&sid=21101332485551
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