Não se deve pensar que é preciso transformar o pesquisador acadêmico em um novo empreendedor. A pesquisa acadêmica é intrinsecamente, e por histórico, focada na excelência de seus resultados. O que não condiz com a necessidade do mercado, que busca soluções dinâmicas e aptas a se transformarem com agilidade de acordo com tendências. A pesquisa acadêmica, por mais que conversem com as tendências, está a sua frente e em um outro caminho.
É preciso tomar o cuidado de não banalizar e, ou, enfraquecer a robustez da academia científica em busca de resultados ágeis. Mais uma vez, o mercado não pede por soluções robustas de forma disruptiva, apenas de forma incremental e lenta.
O que vemos hoje é a ausência de um novo ator. Queremos transformar velhos atores nesse novo ator para suprir uma lacuna existente, mas recente. O ser humano, em sua nítida falha de recordar do passado e antever o futuro, muitas vezes cai nessa falácia.
Uma vez os pesquisadores acadêmicos tenham ocupado esse novo nicho, será um ator antigo aquele que estará ausente, devido a lacuna deixada por aqueles que se movimentaram entre os locus.
O que falta hoje é uma nova carreira de conectores, que saibam pescar e modular o robusto conhecimento acadêmico, lapidando-o de forma a ganha dinâmica de movimento e estar apto para correr nas vias do mercado. De fato, apenas sentimos a ausência desse novo agente pelo fato de que os agentes antigos estarem fazendo um bom trabalho. É um trabalho em cadeia. Você percebe que o elo da frente está faltando apenas quando o elo de trás está produzindo. Não basta transformar um em outro, é preciso criar um novo papel.
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