O fruto, em sua essência, é a forma como uma árvore se propaga. Mas cada parte do fruto tem sua função, e cada espécie frutífera tem uma estratégia de design e formulação eficiente para seu habitat. Uma parte do interior dos frutos é responsável pela propagação da essência - o nascimento do novo indivíduo - enquanto outra é responsável por nutrí-lo durante sua formação inicial. Já a casca desempenha uma função de proteção, em alguns casos até a formação do fruto e em outros até parte da germinação. De qualquer forma, grande parte dos frutos e folhas (subprodutos) das árvores caem em um perímetro relativamente curto e são reabsorvidos (reciclados) pela própria árvore. Desconsiderando as estratégias específicas de difusão da espécie (expansão de território ou novos territórios), as árvores agem localmente. Assim a árvore garante seu crescimento sustentável, pois o solo onde está inseridas é, de maneira dinâmica, parte dela mesma. Quanto maior a árvore, mais profundas são suas raízes; grosso modo, a parte acima e abaixo do solo de uma árvore são proporcionais (altura e raio). Uma árvore, para crescer, cria uma relação com camadas cada vez mais profundas do solo.
As empresas do futuro deverão ser em grande parte como as árvores: ter uma relação de equilíbrio com todo o seu ecossistema de mercado; como parte de seu próprio ciclo interno, deverão haver trocas essenciais com o exterior (sociedade e meio ambiente). Haverá uma relação tão intensa entre os parceiros de seu processo produtivo que eles deverão estar cada vez mais próximos (mesmo que não fisicamente). Para uma empresa crescer ela não deverá estar em vários nichos concorrendo com várias marcas, mas criar uma relação cada vez mais complexa e profunda com seus clientes, e em várias camadas de relacionamento. E possivelmente foi com a inovação aberta que houve a largada da co-evolução que levará a esse destino. Co-evoluir exige interação incessante.
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