Essa crítica começa como todas as outras críticas começam: com a dúvida. A dúvida de um futuro incerto pela complexidade. A dúvida das condições e esforços que reúnem as mudanças necessárias. Se as premissas da vida são válidas, qual é o papel do indivíduo?
Dadas as circunstâncias da universalidade, dos diferentes mundos micro e macroscópicos, nada mais resta, àqueles, questionarem e construírem apenas a sua própria e individual realidade.
Em todo ser humano já passou o impeto de mudar o mundo. Não sempre por puro ato de altruísmo, mas por ser nítida a influência das interdependências.
Com alguma inocência é possível mudar o mundo inteiro. Mas embriagados com algumas doses de realidade, poucos mantem a sina de não mudar apenas o seu próprio entorno.
Em algum momento o mundo passa a ser grande demais. E em outros passa a ser alvo de uma iniciativa não mais individual.
Na ciência residia a qualidade da dúvida. Questionar tudo, ou apenas o suposto importante. Daí a vida vem e, com uma enchente de ressaca, leva e traz as mesmas coisas. Coisas são não exclusivas. E é no mundo de fora onde todas surgem.
O não ignorar de algumas necessidades faz-se a necessidade de sair da torre. A mesma torre que leva-se anos para subir todos os degraus. Estando sabe-se lá em quais.
O ato de aprender distrai. E em algumas viagens e imersões subverte-se a causa e os meios viram os fins.
É preciso recomeçar como todos os recomeços: com a dúvida.
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