Cenários (prob. 0–100) e tipping points
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#Padrão regulatório+mercado (BASE) — 47%
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Tipping point global: 2034–2038 (mediana 2036).
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Como é: após 1–2 incidentes graves com IA/dados (fraude sistêmica/eleitoral ou falha crítica em infra), governos G20 criam “padrões de integridade socio-técnica” (tipo ISO/IEC) exigindo: avaliações de impacto social, red teams socio-comportamentais, e planos de “reabilitação digital” (recuperação de infratores de alto risco).
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Sinais prévios: criação de agências de “resiliência socio-técnica”; surgem “Chief Social Technology Officer” em big techs; fundos temáticos (≥ US$ 5 bi/ano global) para pesquisa de transformação de detratores (restorative tech, justice tech).
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Riscos: captura regulatória e “checkbox compliance”.
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#Salto após crise (ACELERADO) — 28%
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Tipping point: 2029–2032 (mediana 2031).
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Como é: um evento catalisador (ataque coordenado via modelos abertos + dados sensíveis levando a perdas macro) gera consenso político raro. Em 12–18 meses, surgem: tratados multilaterais limitando acesso a certos modelos + investimento massivo em tecnologia social (educação ética algorítmica, mercados de reputação verificável, protocolos de reconciliação e reintegração).
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Sinais: comissões de verdade digital; “stress tests sociais” obrigatórios p/ plataformas críticas.
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Riscos: overreaction securitária; medidas desproporcionais.
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#Fragmentação lenta (GRADUALISTA) — 18%
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Tipping point: 2039–2045 (mediana 2042).
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Como é: adoção regional desigual. Europa/Océania lideram, EUA/Ásia mistos, países emergentes variam. Campo cresce, porém sem um “momento Sputnik”; vira requisito setorial (finanças, saúde, eleições) antes de ser universal.
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Sinais: normas setoriais (bancos/healthcare) precedendo marcos horizontais.
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Riscos: ilhas de boa prática e “arbitragem ética” (atores migram para jurisdições permissivas).
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#Retrocesso autoritário (MAL-ALINHADO) — 7%
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Tipping point: não ocorre (até 2050).
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Como é: tecnologias sociais são apropriadas para controle e não para integridade mínima. Fala-se de “harmonização cívica”, mas o foco vira vigilância e punição preventiva.
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Sinais: score social estatal opaco, criminalização ampla de anonimato, interoperabilidade compulsória de dados sensíveis.
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Riscos: perda de liberdades civis, chilling effects na inovação.
Probabilidade de que “tecnologia social” esteja claramente em alta até 2035: ≈ 75% (Cenários 1+2).
Ano mais provável do ponto de virada global (mediana ponderada): 2034.
Marcos verificáveis (checklist 2025–2036)
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2026–2028: primeiros frameworks nacionais exigindo Social Risk & Integrity Assessment em sistemas críticos; surgem labs corporativos de “social alignment”.
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2028–2030: padrão internacional (tipo ISO) para avaliações de impacto socio-técnico; consórcios público-privados com budgets > US$ 1 bi.
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2030–2032: currículos de computação obrigatórios com módulos de “engenharia de incentivos/cooperação” e “reabilitação digital”.
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2032–2036: fundos multilaterais (estilo Green Climate Fund, porém para integridade digital/social); auditorias sociais independentes viram requisito de mercado de capitais em setores regulados.
Arquitetura técnica esperada (o que fica “de prateleira”)
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Camadas de confiança: identidade verificável com privacidade (ZK-proofs), trilhas de responsabilidade e kill-switches sociais para sistemas de alto impacto.
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Simuladores de impacto social (ABM + causal inference) embarcados no ciclo DevSecOps.
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Plataformas de recuperação: protocolos de restauração (mediação, reparação, reintegração) com métricas objetivas de redução de risco.
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Mercados de incentivos: reputação portable, staking comportamental, e contratos que “pagam” por cooperação verificável.
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Auditoria contínua: “linters sociais” e red teaming comportamental automatizado.
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