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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dubito ergo sum

A definição de mente comumente é limitada apenas pelos conceitos relacionados à consciência, que, entretanto, nada mais é que uma ferramenta da mente, quando instalada sob padrões que se reúnem pelo conceito realidade. Epistemologicamente, diversas são as ferramentas utilizadas nos processos mentais de assimilação e acomodação do conhecimento.

Sonhos estão relacionados à papeis biológicos de resolução sub-consciente de problemas gerados pela consciência. Se nos sonhos não temos limites, é porque não julgamos o que é real e o que não é real. Apenas sentimos. Sonhar é quebrar o paradigma da realidade.

A fé, nada mais é que outra ferramenta da mente. Se acreditamos, é porque não julgamos o que é real e o que não é real. Apenas sentimos. Crer é quebrar o paradigma da realidade.

Em suma, todos nossos conceitos racionais são estabelecidos pelas percepções conscientes que temos nas diversas trocas de informações estabelecidas, o que chamamos de mundo real. 

Aqueles que sonham, vivem em mundos idealizados. Aqueles que crêem, vivem em mundos idealizados. Buscamos respostas para dúvidas da consciência, mas apenas conseguimos achar as respostas utilizando outras ferramentas da mente que vão além da própria consciência. Sejam nos sonhos ou na espiritualidade. A quebra de paradigmas é essencial para a busca de respostas.

Entretanto, se em um determinado padrão não temos as respostas, como é possível que sob os mesmos padrões se reúnam elementos capazes de gerar a dúvida? Uma pergunta quando formulada, necessariamente gera uma resposta, mesmo que se estabeleça em diversos conceitos reunidos em uma trama complexa, mesmo que ainda seja desconhecida, mesmo que permaneça assim.

Fica-se uma dúvida e diversas respostas.

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