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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Desiluminismo Sistemático (2020-2050)

1600–1700 — Unidade imanente

Spinoza • Deus sive Natura • imanência • razão divina • natureza viva • holismo pré-científico.

Síntese:
filosofia vê Deus e Natureza como uma única substância. O racional e o espiritual ainda são faces de uma mesma busca.


1700–1800 — Iluminismo e cisão

Iluminismo francês • enciclopedismo • racionalismo • método científico • dessacralização da natureza • separação ciência/religião.

Síntese: a razão vira instrumento de controle; nasce o dualismo moderno — sujeito/objeto, mente/matéria, ciência/espírito.


1770–1830 — Reação romântica / naturalismo espiritual

Goethe • Schelling • Humboldt • romantismo alemão • natureza orgânica • unidade vital • arte-ciência.

Síntese: tentativa de restaurar o elo entre razão, emoção e natureza; ciência e poesia voltam a dialogar.


1850–1900 — Materialismo e mecanicismo

Positivismo • Darwinismo rígido • revolução industrial • ciência empírica • progresso técnico • fisicalismo.

Síntese: a Natureza vira máquina; o espiritual é descartado; predomínio da análise, da especialização e do reducionismo.


1900–1970 — Crise do sujeito e da verdade

Nietzsche • Freud • Heidegger • Wittgenstein • estruturalismo • relativismo • linguagem • existencialismo.

Síntese: a filosofia abandona a natureza e se volta para o homem, a linguagem e o sentido; o dualismo muda de forma — agora entre humano e mundo.


1970–2020 — Era da técnica e da rede

Pós-modernidade • cibernética • globalização • IA inicial • internet • antropoceno • ecologia marginal
Síntese: o mundo se torna sistema técnico-informacional; o humano se dissolve em dados; Natureza vira “meio ambiente”.


2020–2050 — Retorno da unidade (Desiluminismo emergente)

Complexidade • ecossistemas • teoria da Gaia • IA sistêmica • consciência distribuída • pós-humanismo • espiritualidade não religiosa

Síntese: fronteiras entre biológico, tecnológico e espiritual se borram; ressurge o pensamento de Deus sive Natura, agora em linguagem de sistemas e redes vivas.


O Desiluminista - Deus Sive Natura

O Desiluminista nasce do cansaço diante do clarão. Ele observa o palco da razão moderna e percebe que a luz, que um dia libertou, agora cega. O Iluminismo acendeu um sol que nunca se pôs, e sob sua claridade incessante aprendemos a ver apenas pedaços, reflexos, projeções do real. Como quem corta um cordão umbilical, a ciência foi separada do debate sobre deus e espiritualidade e passou a andar sozinha, esquecendo de olhar para a essência do próprio corpo que a sustenta. Criamos holofotes sobre fragmentos do conhecimento e chamamos isso de verdade, enquanto a unidade , um tecido invisível entre as coisas, se dissolve na penumbra que fingimos não ver. E vai sendo esquecida, ao se fragmentar cada vez mais e mais.

O Desiluminista não nega a luz, mas a quer de volta em estado natural: difusa, viva, cheia de sombra, e capaz de admitir o mistério sobre o desconhecido. Ele compreende que Deus e a Ciência não são inimigos, mas nomes provisórios para a mesma coisa. Entre um e outro, ele fica com ambos: Deus sive Natura - Deus, ou seja, a Natureza. Com nomes distintos, vão se criando dois "espantalhos", símbolos de nossa persistente incapacidade de compreender entidades que dependem da explicação de sistemas tão complexos que sequer entendemos o que são, quanto mais como funcionam. Como na Parábola da Formiga e o Elefante, cada religião, cada grupo de pesquisa, cada ideologia toca apenas uma parte, mas defende com soberba ter encontrado a única verdade que representa o todo. Assim, falamos línguas diferentes e erguemos uma nova Torre de Babel. Uma torre de dados e dogmas, método e fé, algoritmos e orações.

O Desiluminista caminha entre essas ruínas de focos de luz, buscando o ritmo que precede a canção - o ponto em que o conhecimento técnico e a experiência que chamamos de “sagrado” ainda partilhavam da mesma realidade, antes de serem fragmentados pela necessidade e pelo estorvo do reducionismo exacerbado. Às vezes achamos que precisamos dividir para compreender, mas é na divisão que perdemos a essência. Sem sinergia, o sistema deixa de ser explicável.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Ludo, ergo ago

 Jogos digitais, independentemente do gênero — estratégia em tempo real, simulação, RPGs narrativos, puzzles ou jogos de sobrevivência — funcionam como ambientes controlados de resolução de problemas. Neles, o jogador enfrenta desafios cognitivos que envolvem planejamento, inferência, adaptação e otimização de recursos. Entretanto, essas situações não correspondem diretamente à realidade: são abstrações, muitas vezes fantasiosas, que simplificam variáveis e ignoram restrições físicas, econômicas ou sociais do mundo real.

Ainda assim, a função cognitiva dos jogos é evidente. Tal como em treinamentos técnicos ou físicos — simuladores de voo, exercícios de astronautas em microgravidade artificial, ou ambientes de realidade aumentada para cirurgiões — o aprendizado não depende da fidelidade ao real, mas da estrutura de raciocínio que o ambiente exige. O que importa é o padrão mental treinado: a capacidade de interpretar sistemas, reagir a estímulos e tomar decisões sob restrições.

À medida que sistemas autônomos e semi-autônomos se tornam mais complexos, a colaboração entre humanos e máquinas passa a ocorrer majoritariamente através de interfaces cognitivas — espaços onde decisões humanas complementam a autonomia algorítmica. Essas interfaces estão evoluindo para se tornar mais adaptáveis e interativas, aprendendo com o comportamento humano.

É plausível que o design dessas interfaces converja com a lógica dos jogos. Um sistema interativo que consegue representar problemas reais em forma de simulação permite capturar, em escala, padrões de decisão e intuição humana. Um operador que controla drones, por exemplo, já interage com sistemas que lembram jogos de estratégia. Da mesma forma, processos de otimização industrial, monitoramento de redes elétricas e coordenação de frotas automatizadas estão se aproximando de dinâmicas de simulação em tempo real.

A arte imita a vida, e a vida imita a arte — mas agora, a simulação começa a substituir partes do real como campo de ação. À medida que a inteligência artificial aprende a traduzir tarefas reais em ambientes interativos, a fronteira entre “jogar” e “operar” tende a desaparecer. O input do jogo pode, literalmente, resolver o mesmo problema que o input físico resolveria na vida real.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Tecnologia e Inovação social - Ética mínima como requisito progressista

 

Cenários (prob. 0–100) e tipping points

  1. #Padrão regulatório+mercado (BASE) — 47%

  • Tipping point global: 2034–2038 (mediana 2036).

  • Como é: após 1–2 incidentes graves com IA/dados (fraude sistêmica/eleitoral ou falha crítica em infra), governos G20 criam “padrões de integridade socio-técnica” (tipo ISO/IEC) exigindo: avaliações de impacto social, red teams socio-comportamentais, e planos de “reabilitação digital” (recuperação de infratores de alto risco).

  • Sinais prévios: criação de agências de “resiliência socio-técnica”; surgem “Chief Social Technology Officer” em big techs; fundos temáticos (≥ US$ 5 bi/ano global) para pesquisa de transformação de detratores (restorative tech, justice tech).

  • Riscos: captura regulatória e “checkbox compliance”.

  1. #Salto após crise (ACELERADO) — 28%

  • Tipping point: 2029–2032 (mediana 2031).

  • Como é: um evento catalisador (ataque coordenado via modelos abertos + dados sensíveis levando a perdas macro) gera consenso político raro. Em 12–18 meses, surgem: tratados multilaterais limitando acesso a certos modelos + investimento massivo em tecnologia social (educação ética algorítmica, mercados de reputação verificável, protocolos de reconciliação e reintegração).

  • Sinais: comissões de verdade digital; “stress tests sociais” obrigatórios p/ plataformas críticas.

  • Riscos: overreaction securitária; medidas desproporcionais.

  1. #Fragmentação lenta (GRADUALISTA) — 18%

  • Tipping point: 2039–2045 (mediana 2042).

  • Como é: adoção regional desigual. Europa/Océania lideram, EUA/Ásia mistos, países emergentes variam. Campo cresce, porém sem um “momento Sputnik”; vira requisito setorial (finanças, saúde, eleições) antes de ser universal.

  • Sinais: normas setoriais (bancos/healthcare) precedendo marcos horizontais.

  • Riscos: ilhas de boa prática e “arbitragem ética” (atores migram para jurisdições permissivas).

  1. #Retrocesso autoritário (MAL-ALINHADO) — 7%

  • Tipping point: não ocorre (até 2050).

  • Como é: tecnologias sociais são apropriadas para controle e não para integridade mínima. Fala-se de “harmonização cívica”, mas o foco vira vigilância e punição preventiva.

  • Sinais: score social estatal opaco, criminalização ampla de anonimato, interoperabilidade compulsória de dados sensíveis.

  • Riscos: perda de liberdades civis, chilling effects na inovação.

Probabilidade de que “tecnologia social” esteja claramente em alta até 2035: ≈ 75% (Cenários 1+2).
Ano mais provável do ponto de virada global (mediana ponderada): 2034.


Marcos verificáveis (checklist 2025–2036)

  • 2026–2028: primeiros frameworks nacionais exigindo Social Risk & Integrity Assessment em sistemas críticos; surgem labs corporativos de “social alignment”.

  • 2028–2030: padrão internacional (tipo ISO) para avaliações de impacto socio-técnico; consórcios público-privados com budgets > US$ 1 bi.

  • 2030–2032: currículos de computação obrigatórios com módulos de “engenharia de incentivos/cooperação” e “reabilitação digital”.

  • 2032–2036: fundos multilaterais (estilo Green Climate Fund, porém para integridade digital/social); auditorias sociais independentes viram requisito de mercado de capitais em setores regulados.


Arquitetura técnica esperada (o que fica “de prateleira”)

  • Camadas de confiança: identidade verificável com privacidade (ZK-proofs), trilhas de responsabilidade e kill-switches sociais para sistemas de alto impacto.

  • Simuladores de impacto social (ABM + causal inference) embarcados no ciclo DevSecOps.

  • Plataformas de recuperação: protocolos de restauração (mediação, reparação, reintegração) com métricas objetivas de redução de risco.

  • Mercados de incentivos: reputação portable, staking comportamental, e contratos que “pagam” por cooperação verificável.

  • Auditoria contínua: “linters sociais” e red teaming comportamental automatizado.



domingo, 13 de julho de 2025

E se o próximo grande salto da IA vier da Bioquímica, e não só da computação?

 Hoje, um artigo de IA finalmente me fez "virar a chave". E do jeito que eu mais gosto: conectando tudo e me levando de volta à minha origem como bioquímico. Reforçando algo que sempre acreditei: a graduação em Bioquímica talvez seja o melhor bacharelado para se ter uma base de pensamento científico sólido e que se aplica a qualquer área do conhecimento.

E me lembrou de uma verdade que tomei para mim como fundamental: as soluções da natureza, moldadas por bilhões de anos de evolução, são um compêndio de inovação muito maior do que qualquer coisa que possamos inventar do zero.

Antes de mais nada, precisamos de um contexto: Daniel Kahneman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2002, em seu livro best-seller "Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar" propõe que nossa mente opera usando duas formas, ou sistemas, de pensamento.

O sistema 1 é o Piloto Automático, o nosso modo de pensar rápido, intuitivo, automático e que não exige esforço. Ele funciona com base em padrões, experiências passadas, emoções e é o sistema que está no comando a maior parte do tempo. O sistema 2 é o Pensamento Lento e Deliberado, nosso modo de pensar lento, analítico, lógico e que exige esforço consciente. Ele é ativado quando encontramos um problema complexo, algo inesperado ou quando precisamos concentrar.

O Problema Fundamental: Limitações do "Pensamento Rápido" (Sistema 1) nas IAs Atuais

Saiu um artigo recente no campo de IA que está causando discussões interessantes. Podemos ensinar uma IA a "pensar devagar" de forma nativa? E a resposta veio com os Energy-Based Transformers (EBTs). A sacada é genial. Em vez de apenas gerar uma resposta, o modelo aprende a ser um verificador. Ele atribui uma nota de "Energia" para qualquer par "pergunta + possível resposta". Respostas boas e coerentes têm baixa energia e respostas ruins têm alta energia.

E aqui a Bioquímica e a Biomimética entram em cena.

A biomimética é uma área que estuda as soluções e estratégias da natureza (“bio”) para criar novas abordagens, muitas vezes imitando ("mimesis") a forma como a evolução natural moldou respostas ao longo de mais de 3,8 bilhões de anos. Esse processo evolutivo modelou a natureza como a conhecemos hoje, a partir de inúmeras interações ao longo desse vasto período.

E o que isso tem a ver com IA e os EBTs?

O novo artigo de Gladstone (2025) evolui um conceito fundamental de Yann LeCun (2006), e a inspiração é pura biomimética. A estratégia dos "modelos baseados em energia" imita um processo que acontece em nosso corpo quatrilhões de vezes por segundo. Quando o código genético cria uma proteína, ela nasce como uma "linha" de aminoácidos. Para funcionar, essa linha precisa se dobrar em uma forma 3D complexa e perfeita. Como ela encontra o caminho certo em meio a trilhões de possibilidades? Buscando o estado de menor energia, o seu ponto de máxima estabilidade.

Pois bem, o processo de um EBT é o mesmo! Ele começa com uma resposta aleatória (a "proteína linear") e, de forma iterativa, vai ajustando-a para "descer o gradiente de energia", até encontrar o "vale": a resposta mais estável, lógica e compatível.

Os resultados são impressionantes:

Os EBTs são ao menos 30% mais eficientes no pré-treinamento que os Transformers tradicionais no tratamento de dados em escala.

O desempenho melhora em até 29% quanto mais "tempo" (passos de otimização) o modelo tem para pensar.

De forma emergente, eles desenvolvem uma noção de incerteza. Para problemas complexos, a energia demora mais a baixar, como se o modelo "soubesse que não sabe".

Os modelos pensarem com a abordagem de sistema 2 melhora a generalização: As capacidades de "pensar" dos EBTs (alocar mais computação e auto-verificar predições) não só melhoram o desempenho, mas também levam a uma generalização aprimorada, especialmente para dados fora da distribuição (problemas novos e desconhecidos).

 Isso ataca um problema central das IAs atuais, destacado por muitos especialistas: a arquitetura dos LLMs está chegando a um limite para o raciocínio profundo. Os LLMs são ótimos geradores, mas péssimos verificadores do que eles mesmos produzem. Os EBTs invertem essa lógica. Eles aprendem a verificar primeiro, construindo uma base muito mais robusta para o raciocínio. Em vez de decorar o caminho, eles aprendem a reconhecer o destino correto, não importa por onde comecem.

Estamos vendo uma potencial mudança de paradigma. O futuro da IA pode não ser apenas sobre mais dados e computação, mas sobre a adoção de princípios eficientes, inspirados pela própria natureza. moldados em bilhões de anos de evolução.

E para quem chegou até aqui, a parte mais interessante: os enigmas do campo de IA são velhos conhecidos da Bioquímica.

Para isso vou trazer dois exemplos, entre vários, que podemos aproveitar das ciências biológicas como inspiração para a evolução dessa nova fronteira do pensamento mais complexo em IA.

Primeiro, o Paradoxo de Levinthal: como uma proteína encontra sua forma perfeita (nativa) em frações de segundos, se uma busca aleatória por todas as configurações possíveis levaria mais tempo que a idade do universo?

Para se ter uma ideia da escala, imagine uma proteína comum no nosso corpo, com cerca de 400 'elos' (aminoácidos). Agora, vamos supor que cada um desses elos pudesse se dobrar em apenas três posições diferentes – uma simplificação enorme. O número total de "desenhos" 3D possíveis para essa única proteína seria um número com mais de cem zeros. Se ela tivesse que testar cada uma dessas formas, uma por uma, mesmo em uma velocidade altíssima, levaria um tempo infinitamente maior que a idade do universo. E, no entanto, a natureza faz isso em menos de um segundo, provando que a busca não é aleatória, mas sim guiada e incrivelmente eficiente.

Se a busca não é aleatória, então, como ela é feita? A resposta das ciências biológicas tem evoluído ao longo desses anos de pesquisa. A visão inicial era de um caminho único e preferencial, uma sequência fixa de passos. Hoje, a ciência entende o processo de forma muito mais complexa: um funil de energia. Em vez de uma rota fixa, a proteína "desliza" por uma superfície de energia que a guia naturalmente para o estado de menor energia. Não importa por onde ela comece a "cair", a topografia do funil garante que ela chegue ao destino certo.

Segundo, as "Armadilhas" de energia (como evitar Mínimos Locais): uma proteína pode "cair" em uma forma estável, mas errada. Para sair de lá e encontrar a forma perfeita (o mínimo global de energia), ela precisa de ajuda ou de um "empurrão" energético. A figura no banner do post ajuda a entender um pouco melhor esse dilema.

A jornada da proteína pelo funil de energia não é sempre um "tobogã" perfeito. A superfície tem vales menores, como bolsões, onde a proteína pode se acomodar em uma forma estável, mas errada. Se ficar presa ali, ela se torna inútil ou até tóxica. E uma vez que ela caia em mínimos locais, sair desse estado exige um dispêndio de energia, permitindo que a conformação saia de um bolsão de mínimo local em busca do mínimo global, ou seja, sua forma funcional e nativa.

Então, como a natureza a resgata? Ela tem suas próprias "equipes de socorro": as proteínas Chaperonas. Essas guardiãs moleculares usam a moeda de energia da célula (ATP) para "sacudir" a proteína presa, dando-lhe um empurrão para fora da armadilha e uma segunda chance de encontrar o caminho certo para o mínimo de energia global – a forma perfeita.

Esse dilema é idêntico ao desafio dos "mínimos locais" em IA, e a solução é análoga. Técnicas usadas nos EBTs, como adicionar um pouco de ruído ao processo de otimização, funcionam como as chaperonas: elas dão um "empurrão" no modelo, impedindo que ele se contente com uma resposta boa, mas não ótima, e o incentivam a continuar a busca pela solução ideal.

A inteligência é artificial, mas as estratégias são naturais

Isso nos leva a uma conclusão que pessoalmente acho maravilhosa. O próximo grande salto da IA pode não vir de "geradores" de respostas cada vez maiores, mas de sistemas que, como a natureza, aprendem a "verificar" e otimizar. O manual de instruções para uma inteligência verdadeiramente eficiente já existe, e ele não foi escrito em código, mas sim no DNA. Estamos apenas começando a aprender a lê-lo. O caminho para a tão hypada Inteligência Artificial Geral (AGI) talvez esteja escondida em segredos que a Natureza já desvendou ao modular e evoluir os seres vivos em seus mais de 3.8 bilhões de anos e evolução interativa e iterativa.

#InteligênciaArtificial #IA #MachineLearning #DeepLearning #Biomimética #Inovação #Tecnologia #EBT #ProteinFolding #Bioquímica #AGI

Referências

A descrição do funcionamento do EBT, os resultados de eficiência e o conceito de "pensar mais": Gladstone, A., et al. (2025). Energy-Based Transformers are Scalable Learners and Thinkers. https://doi.org/10.48550/arXiv.2507.02092

A fundamentação teórica sobre "energia" como medida de compatibilidade, que permite a analogia com a bioquímica: LeCun, Y., et al. (2006). A tutorial on energy-based learning. https://www.researchgate.net/publication/200744586_A_tutorial_on_energy-based_learning

Uma visão ampliada do Paradoxo de Levinthal, considerando interações de curto e longo alcance em processos biomoleculares: Melkikh, A.V., & Meijer, D.K.F. (2020). On a generalized Levinthal's paradox: The role of long- and short-range interactions in complex bio-molecular reactions, including protein and DNA folding. BioSystems, 192, 104123. https://doi.org/10.1016/j.pbiomolbio.2017.09.018